No estado em que vivemos, não nos podemos dar ao luxo de ficar doentes, a segurança social que nos devia apoiar, deixam-nos entregues à sorte....
Felizmente, nunca tinha ficado de baixa por doença profissional e espero não ter que ficar novamente.
Causado por um trabalho exaustivo de computador, onde a pressão é de 500%, onde queremos dar o nosso melhor, temos que gerir na perfeição as prioridades, para não parar as operações de um terminal daquelas dimensões e onde ninguém nos dá qualquer valor, por fazermos o trabalho de 2 ou 3.
Mas como sempre, quem paga é o Zé Povinho, que se vê privado da sua vida normal, que não recebe o seu ordenado devido, não recebe subsídio de natal completo, sai prejudicado nas avaliações de desempenho e não recebe aumentos.
É tratado como um qualquer mafioso, nas consecutivas inspeções da segurança social, apelidadas de "comissão de verificação de incapacidades", baixas, formulários e subsídios....
Pior, fica com mazelas para a vida e ninguém jamais paga isso...
Por desconhecimento e por falta de informação das entidades ditas competentes, não apresentei, numa dessas inspeções, um relatório do médico a informar que não podia desempenhar o meu trabalho... Mas estando de baixa à 5 meses com doença profissional, é fácil entender que o meu emprego é o principal causador da doença.... E não estaria em casa, se assim não fosse... Ou será que não? Somos todos uns intrujas que aqui andam...
Deram-me 10 dias para apresentar o relatório, JUSTO, se não cortassem automaticamente, a minha fonte de rendimento...
Pedi e entreguei o documento, uns dias depois,(nova consulta e esperas, num centro de saúde onde já nem médico de família tenho)fui a nova inspecção, onde foi confirmado que não posso trabalhar... Que surpresa!!!!
Já fui operada e hoje continuo a aguardar o pagamento em falta, sem dinheiro para comer ou pagar as despesas.... Não posso conduzir e tenho que me deslocar frequentemente ao hospital...
Obrigada SS pela vossa política de tratamento dos utentes.
É para isto, que andamos uma vida a trabalhar e descontar...
Não morremos da doença, morremos da cura...
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