De Santo André a Sines
Reencontro de amigos
Faz agora 7 anos, que me mudei para Vila Nova de Santo André, Santiago do Cacém. Sou do Barreiro e lá fiz alguns bons amigos, uns lá permanecem, outros emigraram. Como é o caso, deste meu grande amigo, que vive atualmente em Manchester e que há quase 2 anos, não vinha a casa.
Combinámos, passar o dia juntos, meter a conversa em dia. Ele viria até ao Alentejo e conheceria a zona, juntarmos o útil ao agradável!!
Fui guia turistico por um dia!
Começámos por visitar a minha casa como seria óbvio, depois, fomos até à praia mais próxima , integrada na Reserva natural das lagoas de Santo André e Sancha.
A Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, com 5.265,51 ha, situa-se na área mais a sul do Arco Litoral Troia-Sines que constitui, fisiograficamente, uma imensa praia com cerca de 65 km, entre a foz do rio Sado e o cabo de Sines.
Da fauna, da lagoa de Santo André destaca-se a enguia-europeia e o verdemã-comum, espécie endémica da Península Ibérica e rara em Portugal. As aves constituem o grupo faunístico mais importante dado a reserva se localizar num importante corredor migratório, apresentar uma diversidade de locais de repouso e recursos alimentares abundantes. A lista de espécies de aves observadas ultrapassa as 270, sendo comum encontrar concentrações de vários milhares de aves aquáticas, como o pato-de-bico-vermelho, o galeirão, a andorinha-do-mar-anã e o flamingo.
Seguimos viagem...
Estava muito calor e era quase hora de almoço, próxima paragem seria Sines e pelo caminho fui explicando sobre a área envolvente que contempla vários complexos industriais como a Repsol e Petrogal.
Passeamos pela zona história, cheia de lojas de rua, esplanadas e cafés, existe vida em Sines.
O centro histórico da cidade estende-se ao longo da falésia, do Castelo ao Forte do Revelim.
Além da maravilhosa vista para o Atlântico que temos em toda a sua extensão, destaque, entre os pontos de interesse, para as ruas comerciais, em torno dos velhos eixos medievais (Ruas Cândido dos Reis e Teófilo Braga), o Largo dos Penedos (com a velha atalaia, onde os pescadores observavam o estado do mar) e a Rua Vasco da Gama, onde se terá situado o solar que motivou a sua expulsão de Sines ou mesmo, se confiarmos na tradição, a casa onde Vasco da Gama nasceu.
À porta do centro histórico situa-se, desde 2005, o edifício do Centro de Artes de Sines, que faz a transição para a cidade moderna.
Terra de pescadores, de Vasco da Gama e do Poeta Al Berto.
A história de Sines foi, até há 35 anos, a história de uma vila piscatória.
Hoje, a pesca continua a empregar muita gente e a dar à baía de Sines um charme e um colorido único no Alentejo.
De verão ou inverno, adoro relaxar na praia de Sines, de passear junto ao porto de pesca, ir até ao farol para apreciar a vista da cidade, daquele lado. Fazer caminhadas, desde a Costa do Norte, até à marginal da praia Vasco da Gama.
Almoçamos às portas do castelo, um belo choco frito acompanhado de vinho branco e falei-lhe sobre um dos melhores festivais do mundo, que ali se realiza. O Festival Música do mundo que já comemorou 20 anos.
Depois de uma caminhada pela praia Vasco da Gama, para desmoer o almoço, seguimos viagem até Porto Covo, enquanto lhe falava dos vários terminais que existem no complexo do Porto de Sines e do impacto que alguns têm na economia nacional.
Parei, para lhe mostrar duas praia de eleição, pelo caminho e andar mais um pouco à beira mar.
Apetecia-me dar um mergulho e iríamos nos vingar quando chegassemos à Praia da Ilha.
Em Porto Covo, bebemos qualquer coisa enquanto contemplavámos a Ilha Do Pessegueiro e cantávamos Rui Veloso.
Vir ao litoral alentejano e não tirar a foto da praxe na estrada com vista para a Ilha é como ir a Roma e não ver o Papa.
Sem dúvida uma vista incrível.
Agora sim, depois de horas ao sol, temperaturas de 30 graus que nem são habituais nesta zona, iria finalmente dar um mergulho. A água estava gelada, mas foi refrescante.
O tempo voa, quando estamos bem e felizes. Mas para terminar e brindar a este dia maravilhoso em que vamos de coração cheio e gratos, bebemos um copo na minha vista de eleição, Praia da Vierinha.
Volta sempre querido amigo, ainda há muito por conhecer por estas paragens!